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Blog desenvolvido para a disciplina Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2 - UAb/UnB Professor José Alves Maia Teixeira Neto Centro de apoio virtual ao projeto interdisciplinar da disciplina Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2 Discente:Rosângela Zardini Shinohara

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domingo, 10 de junho de 2012

CONTINUAÇÃO DO RELATO


Questionário
Os alunos debateram sobre as questões

material didático já publicado 


Quem foi Tarsila do Amaral?
R - Tarsila do Amaral foi uma grande pintora do Brasil  que nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.

Que outras obras dela vocês conhecem?
R - Os alunos responderam lembrando de muitas telas, pois haviam pesquisado sobre ela.

 Em qual movimento artístico ela tomou parte?
R  - Modernismo

Quais eram as propostas dos artistas modernistas?
R - O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
O Modernismo dividiu-se em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; a segunda que formou grandes romancistas e poetas; e terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira, e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo. Tarsila do Amaral participou da primeira fase Modernista.                                                  
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Quais as características da “negra”?
R - O olhar triste parece invocar a tristeza, a melancolia e o pessimismo; fatores dos quais muitos negros vieram a morrer. Na época recebia o nome de Banzo; hoje é a conhecida "depressão”.


Esta “negra” se parece com uma pessoa real?
R - Sim.

Por que a artista a representou desta forma?
R - A imagem dessa mulher é uma reminiscência dos personagens das histórias contadas em sua infância pelas mucamas das fazendas em que cresceu. Essa obra é tida como "uma das raras pinturas plenamente modernas que haviam surgido até então no ambiente cultural brasileiro, e antecipava idéias do "Manifesto Antropófago" escrito por Oswald de Andrade em 1928."


Por que a “negra” foi pintada nua?
R - A pintura em si denuncia a condição dos negros na sociedade da época, o enorme seio sugere ser a mulher "ama-de-leite", que muitas vezes tinha o próprio filho vendido para que pudesse amamentar o filho e/ou filha de seu dono; as pernas cruzadas sugerem a mulher se protegendo, fechada ao sexo, visto que as "mucamas" muitas vezes tinham de "servir" aos seus “donos”.


O que será que Tarsila queria mostrar com esta pintura?
R - Na obra "A Negra" (1923), Tarsila começava a se preocupar com temas do universo cultural e social brasileiro. A obra destaca a importância dos negros em nossa cultura. A lembrança de sua infância junto às amas de leite das fazendas, com enormes seios.
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A semana de arte Moderna

Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco. 

O Modernismo dividiu-se em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; a segunda que formou grandes romancistas e poetas; e terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira, e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo. Tarsila do Amaral participou da primeira fase Modernista.

            A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. As novas vanguardas estéticas surgiam e o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana não foi bem entendida em sua época.

            A Semana de Arte se encaixa no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café-com-leite. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e a elite paulista, esta totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais tradicionalistas.
        
         Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nossa meio a escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano, órgão do partido governista paulista, em 29 de janeiro de 1922.

               A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Cada dia da semana foi dedicado a um tema: respectivamente, pintura e escultura, poesia, literatura e música.

            O presidente do estado de São Paulo à época, Washington Luís apoiou o movimento, especialmente por meio de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro Plínio Salgado e Menotti Del Pichia, membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista.

            A Semana de Arte representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. 

            O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse.

            Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou.

            A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.

            13 de fevereiro (Segunda-feira) - Casa cheia, abertura oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipais de São Paulo várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em certa calma neste dia.

            15 de fevereiro (Quarta-feira) - Guiomar Novais era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Menotti apresenta os novos escritores dos novos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos, relinchos) que se alternam e confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os Sapos de Manuel Bandeira, (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos) o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra. Ronald teve de declamar o poema, pois Bandeira estava impedido de fazê-lo por causa de uma crise de tuberculose.

            17 de fevereiro (Sexta-feira) - O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um "calo inflamado".

            Tarsila, ainda que não tenha participado efetivamente da Semana de Arte Moderna de São Paulo, foi responsável pela criação de uma nova linguagem para a pintura brasileira. Segundo Mário de Andrade, podemos afirmar que, da história da nossa pintura, Tarsila foi a primeira que conseguiu realizar uma obra de realidade nacional, já que é a inspiração de seus trabalhos que versa temas nacionais.

            O modernismo no Brasil

R -  O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. Comparado a outros movimentos modernistas, o brasileiro foi desencadeado tardiamente, na década de 1920. Este foi o resultado, em grande parte, da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas européias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e o Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras.


Características do Modernismo
São inúmeras as características do Modernismo, todas em oposição aos conceitos tradicionais. Elas fizeram uma verdadeira ruptura. Principais características:
 -Total liberdade de forma de expressão;
 - Uso da linguagem coloquial (cotidiano);
 - Uso do verso livre e bárbaro;
 - Descontinuidade cronológica e espacial;
 - Humor na poesia (Poema-piada);
 - Inclusão dos fatos do momento;
 - Nacionalismo, presença da paisagem e sensibilidade da história da terra;
 - Regionalismo, folclore, lendas, tradições e mitos brasileiros;
 - A ação do enredo perde a importância;
 - Linguagem direta, predominância dos substantivos;
 - Universalismo.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-texto-e-o-contexto-na-vida-e-obra-de-tarsila-do-amaral/71557/#ixzz1xKdNNRtu


As fases da pintura de Tarsila do Amaral

PAU BRASIL


Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois me vinguei da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante,...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.

Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.



ANTROPOFAGIA


Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.

Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.

A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.

Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.



SOCIAL E NEOPAU BRASIL
Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório César, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'.

A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Site http://www.tarsiladoamaral.com.br/biografia_resumida.html



5° Momento


Algumas pinturas dos alunos-livre expressão

Nessa imagem com lápis de cor o aluno desenvolveu seu trabalho com tema atual e colocou o Abaporu como protetor da natureza.










Pinturas com tinta guache - detalhes de obras de Tarsila do Amaral





 








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